7 ferramentas para medir a produtividade do trabalho à distância . Parte 1

O trabalho à distância já era uma realidade consolidada no mercado. No Brasil, mais de 65% das empresas já possuem pelo menos um colaborador trabalhando no regime de home office. A pandemia de Covid-19 tende a engrossar esse índice, sobretudo em função dos prováveis resultados obtidos pelas empresas.

Quem sinaliza isso são estudos já realizados, dentre eles um da conceituada Universidade de Harvard. O objeto do estudo foi uma decisão da empresa U.S. Patent & Trade Office, que, em 2012, decidiu que seus colaboradores passariam a trabalhar à distância, mas não mais no regime de home office, mas no WFA (Working From Anywhere).

O “trabalho de qualquer lugar” fez com que a produtividade dos funcionários crescesse 4,4%. Em compensação, muitos funcionários conseguiram ter aumento do poder aquisitivo, uma vez que, podendo trabalhar de qualquer lugar, tiveram condições de buscar lugares com menor custo de vida para habitar.

Uma pesquisa de uma agência de viagem chinesa mostrou resultado ainda mais impressionante. A produtividade dos colaboradores aumentou, em média, 13% desde que trocaram o escritório pelo home office.

Hoje, o cenário torna essa mudança algo imperativo. A COVID-19 fez com que, da noite para o dia, as organizações tivessem que abraçar esse novo modelo de trabalho para continuar operando.

Por que é tão vantajoso trabalhar em home office?

A verdade é que tudo que as empresas buscam é ganho de produtividade. É claro que há outros aspectos importantes. Com as ferramentas corretas, havendo integração entre os funcionários, é possível obter melhores resultados em equipe.

É que, por incrível que pareça, a distância entre as pessoas, que podia ser de um corredor, duas portas ou um andar, passa a ser de um clique, mesmo que elas estejam em continentes diferentes. Evidentemente, se o trabalho em equipe é fortalecido, a produtividade também aumenta, sem contar que a própria relação entre colaboradores e gestores pode acabar favorecida.

Esse ganho de produtividade é decorrente de vários fatores, embora não estejam todos presentes em todos os casos.

Eliminar o estresse do trânsito, poder ter uma alimentação mais saudável, com os horários melhor controlados, ter tempo para os exercícios físicos e para a família melhora a qualidade de vida e torna as pessoas mais felizes e dispostas, o que, naturalmente, favorece a produtividade.

A qualidade de vida, além da produtividade, impacta diretamente na redução das faltas e dos afastamentos por problemas médicos.

Mudança de Cultura é Essencial para o Sucesso da Iniciativa de Adotar o Trabalho à Distância

Quando falamos de ferramentas de produtividade, muitos podem ser levados a pensar em cumprimento de horário. Tal percepção é produto de uma cultura que se esvai nos novos ambientes de trabalho.

Perceba que cada empresa, cada função e cada tarefa possuem características diferentes. O sucesso deve, portanto, ser também medido de forma diferente. Não é possível ter o mesmo indicador de performance para um atendente de call center e um designer de publicidade ou um programador de TI.

Num call center, por exemplo, é fundamental, no trabalho presencial ou à distância, que o colaborador cumpra o horário, pois a distribuição dos operadores de atendimento é feita com base no estudo da demanda. Mesmo trabalhando em casa, o operador deve respeitar o mesmo horário do trabalho presencial, assim como os intervalos e o tempo a permanecer logado durante o expediente.

Sendo assim, no caso desse profissional, é preciso, de fato, que o controle de produtividade inclua uma ferramenta capaz de monitorar os horários e o tempo em que o colaborador permanece logado.

No entanto, não pode ser essa a única métrica de produtividade a ser adotada, pois não basta, para uma plataforma de call center ou contact center, atender à demanda, mas também obter a satisfação do cliente com o atendimento.

O Tempo dos Freelancers

A explosão do mercado de freelancers expõe uma nova relação de trabalho, em que o colaborador se transforma em prestador de serviço autônomo, atendendo a demandas específicas do contratante.

A proliferação dos profissionais que trabalham nesse modelo é fruto da própria aceitação das empresas, que percebem nesse tipo de relação um alto potencial de obter excelente relação custo-benefício. É quase o mesmo que dizer que você paga por aquilo que você usa, ao contrário de muitos funcionários internos com baixo índice de ocupação, que ainda geram custos trabalhistas e previdenciários para a empresa.

Tudo isso é fruto de uma visão focada exatamente na produtividade, no resultado, e não em quanto tempo o trabalhador permanece em seu posto de trabalho.

7 Ferramentas para Medir a Produtividade

Tudo que você leu até aqui deixa bem claro que não é tão simples definir métricas de monitoramento de desempenho e produtividade. Que tudo depende muito do tipo de atividade da empresa e que há uma questão cultural a ser implantada, pois, invariavelmente, será preciso que as organizações desenvolvam relação de confiança e autonomia com seus colaboradores.

De qualquer modo, medir a produtividade é possível em qualquer circunstância, e as 7 ferramentas de que vamos falar, algumas surpreendentemente simples, mostrarão isso.

7 ferramentas para medir a produtividade do trabalho à distância . Parte 1
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This article was written by:

Carla Fernanda Bernardes

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