A importância da amamentação nas primeiras horas de vida

Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir consideravelmente a mortalidade neonatal, por isso é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Você deve começar a amamentar o seu bebê na primeira meia hora após o parto. Pesquisas mostram que quanto mais se atrasar o início da amamentação, maior será o risco de morte do bebê no primeiro mês de vida. Se o atraso no aleitamento for entre duas e 23 horas após o nascimento, aumentará em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Se o atraso for de 24 horas ou mais, o risco de morte aumentará em 80%.

Benefícios do aleitamento nas primeiras horas de vida

Mantém o seu bebê aquecido; a respiração e a frequência cardíaca ficam estabilizadas;

Propicia que o seu bebê aprenda a mamar de forma mais eficiente;

Beneficia o bebê de baixo peso, que corre mais risco de morte e necessita de mais apoio para uma sucção efetiva;

Fornece a primeira imunização do recém-nascido: o colostro, que é o primeiro leite produzido após o parto;

Possibilita que você e o seu bebê se conheçam, estabelecendo vínculos;

Aumenta a duração do aleitamento materno;

Previne contra hemorragia pós-parto.

Sobre o colostro

O aleitamento nas primeiras horas de vida, além de aumentar o vínculo afetivo entre você e o seu bebê, vai livrá-lo de doenças, pois o primeiro leite produzido pelo organismo materno, o colostro, é rico em células imunologicamente ativas, anticorpos e proteínas protetoras, funcionando como a primeira vacina para o bebê.

O colostro é cremoso, viscoso e de fácil digestão. Possui fatores de crescimento que estimulam o intestino do bebê a liberar os primeiros cocôs, eliminando bilirrubina (que provoca a cor amarelada no bebê), evitando, assim, a icterícia fisiológica. Previne, também, a hipoglicemia (queda de açúcar no sangue) que, muitas vezes, é o motivo de se prescrever outro tipo de leite como complemento alimentar ao recém-nascido. Além disso, é rico em vitamina A, que protege os olhos do bebê de infecções (UNICEF, OMS 2007).

O leite materno promove o desenvolvimento sensor e cognitivo da criança, além de protegê-la contra doenças crônicas e infecciosas, principalmente as respiratórias (bronquiolite). O leite contém linfócitos e imunoglobinas (IgA) em uma concentração 17 vezes mais que no leite maduro, que ajudam o bebê a combater infecções. o contato pele a pele previne a ocorrência de hipotermia. o colostro acelera a maturação do epitélio intestinal e protege contra agentes patogênicos. O contato pele a pele desencadeia uma série de eventos hormonais importantes para a relação mãe/bebê. O toque, o odor e o calor estimulam o nervo vago e isto, por sua vez, faz com que a mãe libere ocitocina, hormônio responsável, entre outras ações, pela saída e ejeção do leite. Esse hormônio faz com que a temperatura das mamas aumente e aqueça o bebê.

Sabe-se hoje que vários tipos de oligossacarídeos e glicoconjugados presentes no leite materno, conhecidos como agentes pré-bióticos, estimulam a colonização do intestino por microorganismos benéficos. Esses agentes atuam na primeira etapa essencial da patogênese ao impedir que um microorganismo se fixe na parede celular.

A amamentação exclusiva reduz a mortalidade infantil por enfermidades comuns da infância, como diarréia e pneumonia, e ajuda na recuperação de enfermidades. Crianças alimentadas com leite materno normalmente dobram de peso do nascimento até os seis meses.

O leite materno é primordial para o bebê, protege de diabetes, da doença celíaca, de infecções respiratórias, alergias, diarreia, infecções urinárias, obesidade, hipertensão, cáries, má oclusão dentária, entre outras. Além disso, ao amamentar, a mãe faz com que o bebê se sinta mais amado e protegido.

 

A importância da amamentação  nas primeiras horas de vida

O bebê deve mamar exclusivamente no peito até os 6 meses. Até essa idade, ele não precisa receber água, outros líquidos, nem alimentos, além do leite materno. A partir dos 6 meses, o leite materno continua sendo muito importante e deve ser mantido, mas deve-se começar a introduzir alimentos complementares na rotina do bebê.


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Maria Lucia Marques Lucia

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