Afonso III de Portugal
Afonso III (Coimbra, 5 de maio de 1210 – Alcobaça, 16 de fevereiro de 1279), apelidado de o Bolonhês por seu casamento com Matilde II, Condessa de Bolonha, foi o Rei de Portugal de 1248 até sua morte, e também o primeiro monarca português a utilizar definitivamente o título de Rei do Algarve. Além disso, ele foi Conde de Bolonha de 1238 até 1253 em direito de sua esposa. Era o segundo filho do rei Afonso II e sua esposa Urraca de Castela, tendo ascendido ao trono depois de depôr seu irmão mais velho Sancho II.

Vida
D. Afonso III pelo seu pai, é bisneto de Afonso Henriques e de Mafalda de Sabóia. Pela sua mãe, é bisneto de Henrique II de Inglaterra e de Leonor de Aquitânia.
Como segundo filho, D. Afonso não deveria herdar o trono destinado a Sancho e por isso viveu em França, onde se casou com Matilde II, Condessa de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde jure uxoris de Bolonha, onde servia como um dirigente militar, combatendo em nome do Rei Luís IX de França e seu primo, pois as mães são irmãs.
Foi o quinto rei de Portugal, sucedendo ao irmão, em 1248, depois de uma guerra civil que opôs os dois irmãos. Foi um reinado de reorganização administrativa. A sua política foi continuada pelo filho, o rei Dinis.
Neste reinado foi conquistado definitivamente o Algarve em 1249 e realizadas cortes com representantes dos concelhos pela primeira vez, em 1254.
Enquanto foi rei teve conflitos com o clero e refreou os abusos da nobreza.
Casou por duas vezes, não tendo filhos do primeiro, casou com a filha do rei de Castela de quem teve vários filhos. O primeiro varão, D. Dinis, foi rei de Portugal, com 17 anos.
Subida ao trono
Em 1246, os conflitos entre Sancho II e a Igreja tornaram-se insustentáveis e o Papa Inocêncio IV nesse mesmo ano despacha a Bula Inter alia desiderabilia que prepara a deposição de facto do monarca.
O papado, através de duas Breves, ainda aconselha Afonso, Conde de Bolonha, a partir para a Terra Santa em Cruzada e também que passe a estar na Hispânia, fazendo aí guerra ao Islão. Mas a 24 de julho, a Bula Grandi non immerito depõe oficialmente D. Sancho II do governo do reino, e D. Afonso torna-se regente.
Os fidalgos levantam-se contra D. Sancho e D. Afonso cede a todas as pretensões do clero no "Juramento de Paris", uma assembleia de prelados e nobres portugueses, jurando que guardaria todos os privilégios, foros e costumes dos municípios, cavaleiros, peões, religiosos e clérigos seculares do reino. Abdicou imediatamente das suas terras francesas e marchou sobre Portugal, chegando a Lisboa nos últimos dias do ano, onde se fez coroar rei em janeiro de 1248 após o exílio e morte de D. Sancho II em Toledo.
Até à morte de D. Sancho e sua consequente coroação, D. Afonso apenas assumiu o título de Visitador, Curador e Defensor do Reino.
É desta época que a bandeira passa a usar faixa com os castelos, para se distinguir da bandeira real. A bandeira de D. Afonso passou a ser a nova bandeira real. A nova bandeira mostrava o apoio que a tia materna, Branca de Castela, rainha de França deu ao sobrinho.
Esta guerra durou de 1245 a 1247 e acabou com o clima de anarquia que existia no reinado anterior.
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