Afro-americanos-II
Afro-americano, afro-estadunidense ou africano-americano são designações para os cidadãos dos Estados Unidos descendentes de africanos ocidentais e subsaarianos. Estas designações só começaram a ser utilizadas nos anos 80, quando o movimento da consciência negra passou a adotar uma política de união de toda a diáspora africana.
Outra designação considerada politicamente correta é a da cor negra (em inglês, black). Já o termo nigger era o termo usado antes dos anos 60, com uma conotação pejorativa.
No censo de 2010, quase 40 milhões de americanos declararam ser negros, afro-americanos ou negros hispânicos.
História
A maioria dos afro-americanos são descendentes de escravos que foram trazidos da África para a América do Norte e o Caribe entre 1609 e 1807, durante o tráfico negreiro, a maioria dos quais chegou no século XVIII. A maior parte era oriunda da África Ocidental e da África Central. Uma minoria é de origem recente, sendo imigrantes da África, do Caribe, da América Central e da América do Sul.
O primeiro registro da presença de africanos na América Britânica remete ao ano de 1619, sob a condição de trabalhadores não remunerados em Jamestown (Virgínia). Como muitos colonos ingleses estavam morrendo devido às condições adversas a que eram submetidos, aumentou gradualmente a importação de trabalhadores africanos. Por muitos anos, os africanos ficaram numa posição legalmente similar à dos colonos ingleses pobres, pois muitos colonos ingleses tinham que trabalhar de graça em troca da passagem para a América. Os africanos criavam famílias, casavam-se com outros africanos e às vezes se mesclavam com índios e ingleses. Uma concepção racial da escravidão só se desenvolveu completamente no século XVIII. Por volta de 1775, os africanos perfaziam 20% da população das Treze Colônias, fazendo deles o segundo maior grupo étnico, depois dos ingleses. Por volta de 1860, havia 3,5 milhões de escravos nos Estados Unidos e 500 mil afro-americanos livres. Em 1863, durante a Guerra Civil Americana, o então presidente Abraham Lincoln assinou a Proclamação da Emancipação, que declarava que todos os escravos estariam livres.
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