Al-Andalus-II

Al-Andalus (ou al-Ândaluz; em árabe: الأندلس; romaniz.: Al-ʼAndalus) foi o nome dado à Península Ibérica (incluindo a Septimânia) a partir do século VIII, sob o domínio do Califado Omíada. O nome foi utilizado para se referir à Península, independentemente do território politicamente controlado pelas autoridades islâmicas. Hoje em dia, o termo é usado para designar os territórios que estavam sob controle islâmico, diferenciando-os dos reinos cristãos.

Al-Andalus foi o único território europeu continental a participar na Idade de Ouro Islâmica, passando por vários períodos políticos. Foi inicialmente um emirado integrado na província norte-africana do Califado Omíada, depois se tornou o Califado de Córdova, seguido por diversas Taifas, província Almorávida, Califado Almóada e, em sua última fase, o Reino Nacérida de Granada.

A região ocidental da Península era conhecida como Gharb al-Andalus ("o ocidente do al-Andalus") e incluía o atual território de Portugal. De maneira geral, o Gharb al-Andalus foi uma região periférica em relação à vida econômica, social e cultural de Córdova e Granada.

Al-Andalus-II

Etimologia

A origem do nome al-Ândalus é incerta. O nome apareceu pela primeira vez em 716, em um dinar bilingue cunhado na Península Ibérica e que atualmente se encontra no Museu Arqueológico Nacional em Madrid. Nessa moeda, a palavra "Span(ia)" em latim corresponde a al-Andalus em árabe.

Tese Vândala

Segundo Reinhardt Dozy, um investigador neerlandês do Islã, a palavra al-Andalus estaria relacionada ao vocábulo "Vandalícia", nome que ele afirmava ter sido dado à Bética romana quando os Vândalos se fixaram na região entre 409 e 429. Essa posição foi compartilhada por outros estudiosos, como Évariste Lévi-Provençal, mas nunca foram encontradas provas documentais que confirmem que a Bética foi alguma vez chamada de Vandalícia.

Tese Visigoda

Para Heinz Halm, al-Andalus seria uma arabização do nome dado pelos Visigodos à Bética. Quando os Visigodos se estabeleceram na Península Ibérica, dividiram o território conquistado em lotes chamados Sortes Gothica. A forma singular deste nome, Gothica sors, que também era usada para se referir ao Reino visigótico, tinha como equivalente na língua goda a forma landa-hlauts, de onde derivaria al-Andalus.

Tese Atlântica

Outra teoria, proposta por Joaquín Vallvé Bermejo, relaciona al-Andalus com a Atlântida, a famosa lenda relatada por Platão sobre uma ilha além das Colunas de Hércules (o Estreito de Gibraltar). De acordo com Vallvé Bermejo, a expressão árabe Jazirat al-Andalus (a ilha do al-Andalus), que aparece em textos árabes, deve ser interpretada como uma tradução de "ilha do Atlântico" ou "Atlântida".

História Política

Distinguem-se os seguintes períodos na história política de al-Andalus:

  • Período da conquista territorial e dos governadores, quando al-Andalus dependia do Califado Omíada (711–756);
  • Emirado de Córdova (756–929);
  • Califado de Córdova (929–1031);
  • Primeiro período de reinos de taifas (1031–1090);
  • Período almorávida (1090–1146);
  • Segundo período de reinos de taifas (1145–1150);
  • Califado Almóada (1146–1228);
  • Terceiro período de reinos de taifas (1228–1262);
  • Reino Nacérida de Granada (1238–1492).
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This article was written by:

Warley Soares

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