Alain Fabien Maurice Marcel Delon
Delon é um dos representantes mais destacados do chamado film noir. Iniciou sua carreira de ator em filmes como Christine (1958), com Romy Schneider, e O Sol por Testemunha (1959-1960). Tornou-se famoso por sua interpretação do assassino Costello em O Samurai (1967). Também interpretou papéis de especial complexidade artística em filmes de Luchino Visconti (Rocco e Seus Irmãos, 1961, e O Leopardo, 1963) e de Völker Schlöndorf (Um Amor de Swann, 1983). Desde os anos 70, participou também de vários filmes comerciais de ação. COMUNICAR ERRO ...
ctor francês com uma extensa filmografia e uma vida privada agitada, Alain Delon, que este domingo festeja 80 anos, tornou-se um mito mundial graças a um carisma raro e a uma beleza insolente.
Em 50 anos de carreira, participou em mais de 90 filmes, alguns considerados pela crítica como grandes obras da sétima arte. "Fui programado para o sucesso, não para a felicidade. Os dois não combinam", disse a estrela do cinema europeu, que foi dirigido por grandes realizadores como Melville, Visconti, Antonioni, Losey, Godard e Malle.
Igualmente produtor de cerca de 30 longas-metragens, empresário e coleccionador de arte, de relógios de armas e de vinhos, o actor, que muitos classificaram como “magnético”, diz-se cansado dos holofotes que o impediram de viver uma vida como toda a gente.
Sedutor arrogante e incurável, Delon é – sempre foi – um homem de mulheres: "É nelas, no olhar da minha primeira mulher, Nathalie, até no de Romy [Schneider], de Mireille [Darc] ou no da mãe dos meus filhos [Rosalie van Breemen], que eu consigo a motivação para ser o que sou, para fazer o que faço."
Delon já dizia por que vinha desde os anos 60 quando fez Rocco e seus irmãos (o melhor filme italiano que vi) e O sol por testemunha.
23 de nov. de 2017 — Filho de Alain Delon, um dos maiores ícones de beleza masculina que já existiu, o modelo e ator Alain-Fabien Delon voltou a falar
O ator francês Alain Delon, de 77 anos, confessou que perdeu "a paixão" pelo mundo que o rodeia e que passa a maior parte de seu tempo "à toa", rodeado de seus animais de estimação enquanto tenta desfrutar ao máximo de seus filhos e seus netos para "não morrer sozinho", em entrevista publicada nesta quarta-feira (15) pela revista "Paris match".
"Fui tão feliz como não se pode ser toda a vida. E quero compartilhar o máximo que puder com meus filhos. Não quero morrer sozinho", confessou o ator de "Rocco e seus irmãos" e "O leopardo", "O sol por testemunha" e outros filmes.
O célebre galã francês reconhece que é um homem nostálgico que frequentemente olha para o passado e diz que não teme à morte porque é a única certeza de uma existência, que agora gira em torno de seus netos e seus filhos.
"O mundo atual não me agrada demais. Nada me excita realmente e eu era uma pessoa apaixonada. O que me falta é vontade, paixão. Mas vou despertar, talvez", declarou..
Uma versão restaurada de "O sol por testemunha", dirigido pelo falecido René Clément e estreada em 1959, será projetada no próximo dia 25 de maio durante o Festival de Cannes, mostra com a qual Alain Delon mantém uma relação de amor e ódio.
A exibição do filme será "um flashback doloroso por causa das pessoas que amava e que já não estão aqui", antecipou Delon, que foi pela primeira vez a esse festival em 1957, quando ainda era um rosto anônimo e voltou em várias ocasiões, embora não tenha sido convidado em 1997, algo que lhe irritou.
"O mundo inteiro estava convidado para o 50º aniversário do festival, principalmente americanos, obviamente. Todo o mundo, exceto (Jean-Paul) Belmondo e Delon", lembrou.
Delon também tem boas lembranças das mulheres com quem trabalhou, como Katharine Hepburn, Ava Gardner, Laurent Bacall e Brigitte Bardot, atriz com quem mantém uma "amizade muito próxima há 50 anos".
Sempre cercado de beldades, o ator que fez sonhar milhões de mulheres de todo o mundo também já foi rejeitado. "Claro que já fui rejeitado, inclusive por desconhecidas. Sofri muito... Mas a maioria aceitou", comentou a lenda do cinema que se diz aposentado e só deixa a porta aberta a Luc Besson e Roman Polanski.
"O cinema atual evoluiu em um sentido que não me agrada. Antes, você se jogava em uma poltrona vermelha para ver Ingrid Bergman beijar Cary Grant e sonhar. Uma vez roubado o sonho, o cinema não me interessou mais".
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