Artigo – Os desafios da Criptomoeda no Brasil

Welinton dos Santos - Diretor administrativo financeiro do SRJ (agência de regulação), economista, mestre em gestão pública, especialista internacional de cidades, professor universitário, escritor da Editora Saraiva, conselheiro fiscal de várias autarquias. Presidente de Comissão Tarifária em Jacareí - SP.

Todo processo de mudança promove novos desafios a sociedade. Estamos em uma nova era do mundo 4.0, onde novas vertentes do conhecimento surgem. Inteligência Artificial, Grafeno, IoT (Internet das coisas), Big Data, criptoativos, criptomoedas, bancos digitais, smart factory, drones, simulação virtual, emprego 4.0, blockchain entre outros.

Com toda esta bagagem surge no mundo virtual conectado com o mundo real, transformando riquezas.

 A criptoeconomia é uma das realidades do mercado tecnológico que nos impulsiona para novos modelos de negócios, com base em ativos digitais.

 A Criptoeconomia é uma realidade, que movimenta por volta de US $ 500 bilhões em transações de moedas digitais, conforme criptomoedas.

    Este é um mercado de muitas oportunidades que passam pelo processo de regulação, certificação, desenvolvimento de novas tecnologias, entre outros.

    O mercado bilionário das criptomoedas ganhou destaque por uma de suas moedas, o Bitcoin - BTC no aumento acelerado de seu valor de mercado em 2018. Esta moeda foi uma das principais percursoras do desenvolvimento deste mercado, mas existem em circulação atualmente mais de 1.000 moedas virtuais e muitas outras que estarão ao mercado nos próximos meses.

    As moedas com maior volume de negociação são demonstradas pelas bolsas de criptomoedas, que podem ser acompanhadas em tempo real através de qualquer mídia digital. O WorldCoinlndex, mostra as 100 moedas digitais mais negociadas no mercado mundial.

    Este mercado está chamando a atenção de muitos segmentos, como o do futebol. O time de futebol do Paris Saint-Germain está determinado a aproveitar as oportunidades do mercado das criptomoedas, melhorando as estratégias de negócios e aumentando o vínculo com seus fãs, em qualquer parte do mundo. Esta onda também despertou o interesse no Brasil do Atlético Paranaense e do Corinthians.

  As criptomoedas estão sendo aceitas aos poucos na grande maioria dos países, e combatida em outros, como na China, Vietnã, Chile.

  Apesar de parecer uma oportunidade de lavagem de dinheiro, na realidade é um mercado com muita tecnologia, com livro razão eletrônico e controle contábil virtual, com uma série de códigos, criptografados de difícil transposição. A cada nova tecnologia que surge, aparece a oportunidade da criação ou bifurcação de uma nova moeda digital.

    As criptomoedas nada mais são do que um código digital, um software. Um fork é basicamente uma atualização desse código.

    Neste universo digital, o controle é totalmente descentralizado, não é administrado por bancos centrais ou governos. As decisões partem sempre de uma comunidade on-line. Quando não há consenso do mercado, ocorre uma bifurcação e uma nova moeda é criada a partir da criptomoeda original. Foi assim que surgiu o “dinheiro bitcoin”, moeda derivada do bitcoin.

      A criptoeconomia, através de vários instrumentos tecnológicos que mudam a realidade de ações no cotidiano do mercado financeiro, na segurança cibernética, transparência (os dados não podem ser apagados ou adulterados, facilitando o processo de auditorias e evita fraudes), promove: a gestão de identidade, a defesa da propriedade intelectual, auxilia no compartilhamento da base de conhecimento e tornar-se uma importante aliada para os contratos inteligentes. O Token do BNDES é um exemplo de iniciativa adotada no Brasil.

      No Brasil, segundo fontes do Sistema Financeiro Nacional (SFN) a quantidade de transações feitas por smartphones em 2018 chegou à casa de 29 bilhões e o uso da internet banking foram de 21,9 bilhões de transações, divulgado pela estatística de pagamento de varejo e de cartões de 2018, elaborado pelo Banco Central. Com o desenvolvimento dos blockchain, há uma grande probabilidade do Banco Central aposentar os cartões de crédito e débito, utilizando os códigos QR para pagamento com smartphones.

        Para o Fundo Monetário Internacional os criptoativos são ativos não financeiros, com recomendações para inserção na conta de bens do balanço de pagamentos. Esta orientação saiu do Comitê de Estatísticas de Balanço de Pagamentos do Departamento de Estatísticas do FMI.

        A tecnologia é um caminho sem volta, que pode trazer benefícios para empresas, investidores, indústrias e a sociedade em geral, no momento que democratiza o uso, auxiliando na possibilidade de criar novas estruturas financeiras e contratuais que permitem aferições mais precisas e realísticas de gestão pública e privada.

    O tratamento contábil dos criptoativos não foi decidido ainda pelo IASB - International Accounting Standards Board, mas como competente sobre o assunto ganham notoriedade e atenção de todos os players do mercado.

    A nova economia nasceu e conquistou milhões de usuários pelo mundo, a criptoeconomia combina propriedades de moedas, com commodities e ativos intangíveis. Conhecido pelas trocas - casas de câmbio de criptomoedas, elas já compõem desde agosto de 2019 o balanço de pagamentos do Brasil.

  O Banco Central do Brasil (Bacen), está desenvolvendo uma tecnologia baseada em blockchain para substituir os TED e Doc do sistema de pagamento, ou seja, muitas novidades impulsionarão o mercado financeiro em 2020.

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Debora kely Sales Silva

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