Barreira (CE)

O Café nos tempos do império
Em meados do século XVII o Brasil passava pela crise da economia açucareira e em meados do século XVIII era o ciclo do ouro que se esvaia. Nesse período, por volta de 1750, o café já era considerado uma especiaria entre os consumidores europeus e, mais tarde, ganharia o público dos Estados Unidos.
As primeiras mudas foram plantadas no Pará, e de lá o cultivo foi descendo pelo território brasileiro até chegar no Rio de Janeiro onde se desenvolveu o plantio sistemático em meados de 1760.
A crise chegaria em meados do século XIX com o empobrecimento do solo, problemas hídricos e o fim da escravidão. Mas onde uns vêm problemas, outros vêm oportunidades. E assim a produção do café tomou o rumo do oeste paulista.
O Empreendedorismo dos cafeicultores
Os cafeicultores paulistas deram outra dinâmica à produção do café, incorporando a ele diferentes parcelas da economia capitalista vigente.
O empreendedorismo desses fazendeiros introduziu novas tecnologias e formas de plantio favoráveis a uma nova expansão cafeeira como: inspeção sistemáticas em lavouras, renovação de técnicas de plantio e manufaturas para confecção de sacas e roupas para os trabalhadores.
Muitos desses senhores do café investiam parte de seus lucros no mercado de ações e também se dedicavam a atividades comerciais urbanas e industriais.
Para suprir a falta de escravos, atraíram mão-de-obra de imigrantes europeus e recorreram a empréstimos bancários para financiar as futuras plantações.
No curto espaço de tempo em que o café se estabeleceu na região sudeste, foi suficiente para conter as constantes crises econômicas do primeiro reinado.
Além disso, essa nova dinâmica da economia do café trouxe investimento em infra-estrutura (estradas, ferrovias, rodovias, portos…) e modernização dos centros urbanos, contando com mais estabelecimentos comerciais, bancos, iluminação, telégrafos, um novo traçado das ruas, além da presença de bondes elétricos, em substituição aos de tração animal.
Sem sombra de dúvidas, à medida que o produto deixava de ser um artigo de luxo para se incorporar à cultura e ao consumo cotidiano das populações, o café impulsionava a dinâmica da economia interna e expandia as receitas das exportações do Brasil, contudo nada vem de graça e quanto mais os barões do café fomentavam o fluxo financeiro, mais o país ficava dependente desse produto, e é na velha república que a crise do café bate no Brasil, favorece os cafeicultores e cobra da população mais humilde.
O café na república
Nos anos 90 do século XIX o preço do café cai e isso diminui consideravelmente a entrada de libras. Esse cenário era cômodo para os cafeicultores que mantinham suas rendas preservadas. Se por um lado entrava menos libras, por outro entrava mais mil réis por libra, mas a sociedade continuava pagando mais caro pelos produtos manufaturados importados.
Brazão da República possui um ramo do café.Então o império caiu e a república nasceu. Com a abolição dos escravos e os imigrantes chegando ao Brasil, o governo criou uma expectativa da demanda por papel moeda infundada, pois esses imigrante e libertos não possuíam renda, então não aumentaram a necessidade de dinheiro em circulação.
Todo o investimento do governo acabou sendo um tiro no pé que aumentou a inflação e endividou o país.
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