Destino Manifesto: A Expansão Territorial dos Estados Unidos
Após conquistar sua independência, os Estados Unidos enfrentaram os desafios da autonomia por meio de um grande processo de expansão territorial. Em 1803, o país duplicou suas dimensões ao adquirir a Louisiana, então pertencente à França. Décadas depois, em 1846, negociou o território do Óregon com os ingleses. Logo em seguida, um conflito com o México garantiu a posse de mais terras ao sul.
Esse rápido crescimento pode ser atribuído ao interesse pela expansão econômica do país, o que atraiu um grande número de imigrantes de países como França, Grã-Bretanha, Escandinávia, Países Baixos e outras regiões da Europa Oriental. Essas famílias, em geral, buscavam oportunidades, seja em lotes de terras, seja em empregos industriais.
Para além das motivações econômicas, a expansão norte-americana foi fortemente justificada pela ideologia do Destino Manifesto. Segundo essa doutrina, os estadunidenses seriam um povo eleito por Deus para promover o progresso e formar a nação mais importante do mundo.
O Destino Manifesto despertava sentimentos de ambição e autoconfiança, semelhantes aos que os ideólogos do neocolonialismo empregavam para justificar a dominação de regiões na África e Ásia. Essa ideologia também influenciou as artes, onde muitos pintores e poetas americanos retratavam paisagens grandiosas que simbolizavam o desafio da conquista.
No entanto, a aplicação prática do Destino Manifesto teve consequências devastadoras, como a tomada de territórios mexicanos e a perseguição e extermínio de diversas comunidades indígenas. Internacionalmente, essa doutrina sustentava a intervenção política e militar dos Estados Unidos em outros países do continente americano.
Por fim, o Destino Manifesto não atendia apenas aos interesses econômicos. Por ter sido colonizada majoritariamente por cristãos puritanos, a nação americana via nessa doutrina uma renovação de narrativas bíblicas, como a busca por uma “terra prometida”. Assim, a expansão das fronteiras era percebida como a materialização de valores culturais desenvolvidos ao longo do tempo.

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