Gustavo III da Suécia

Gustavo III (Estocolmo, 24 de janeiro de 1746 – Estocolmo, 29 de março de 1792) foi o Rei da Suécia durante 21 anos, de 1771 até seu assassinato em 1792. Era o filho mais velho do rei Adolfo Frederico e da rainha Luísa Ulrica da Prússia. Ficou para a história como a maior personalidade cultural entre todos os reis do país.

Através de um golpe de estado não sangrento em 1772, Gustavo III retirou ao parlamento o governo do país, encerrando assim a Era de Liberdade. A partir de então, restaurou sucessivamente seu poder pessoal, como monarca quase absoluto, tendo em 1789, pelo Decreto de União e Segurança, passado a governar "ele e só ele".

Defensor do despotismo esclarecido, Gustavo III gastou grandes quantidades de dinheiro público em aventuras culturais, o que colaborou para a controvérsia de seu reinado. Tentou conquistar a Noruega com a ajuda da Rússia e depois recapturar sem sucesso as províncias bálticas na Guerra Russo-Sueca de 1788-1790, apesar de ter restaurado a força militar sueca. Admirador de Voltaire, legalizou a presença católica e judia em seu reino e realizou amplas reformas para um liberalismo econômico, reforma social e abolição de tortura e pena de morte, apesar de ter eliminado todo tipo de mídia independente.

Após a Revolução Francesa, Gustavo tentou formar alianças com outros monarcas para esmagar a insurreição e restaurar o rei Luís XVI de França, oferecendo auxílio sueco sob sua liderança na causa real da França. Ele acabou sendo mortalmente ferido em 1792 durante um baile de máscaras, parte de uma tentativa de golpe, mas conseguiu assumir o comando para acabar com o levante antes de sucumbir à sepse treze dias depois, período em que recebeu as desculpas de vários inimigos políticos. Apenas Jacob Johan Anckarström, o homem que disparou contra o rei, recebeu a pena de morte e, de acordo com a política criminal de Gustavo, foi apenas torturado depois de voluntariamente confessar e ser condenado. Seus poderes foram colocados nas mãos de uma regência sob seu irmão Carlos, Duque de Sudermânia, durante a minoridade de seu filho Gustavo IV Adolfo.

Gustavo fundou várias academias como patrono e benfeitor das artes e literatura, entre elas a Academia Sueca, a Ópera Real Sueca e o Teatro Dramático Real, além da criação do traje nacional sueco. Foi mecenas de personalidades artísticas da época, como o trovador Carl Michael Bellman, o poeta Johan Henric Kellgren e o escultor Johan Tobias Sergel. A sua coleção pe

Gustavo III da Suécia

Descendência

Com a sua esposa Sofia Madalena da Dinamarca, Gustavo III teve os seguintes filhos:

  • Gustavo IV Adolfo da Suécia (1 de novembro de 1778 - 7 de fevereiro de 1837), Rei da Suécia. Casou-se com Frederica de Baden, com descendência;
  • Carlos Gustavo, Duque de Esmolândia (25 de agosto de 1782 - 23 de março de 1783), morreu na infância.

Ver também

Referências

  • Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Gustav III». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 350. ISBN 91-0-011462-6
  • Nina Ringbom. «Gustav III av Holstein-Gottorp» (em sueco). Historiesajten.se. Consultado em 24 de janeiro de 2017
  • Beth Hennings. «Gustav III» (em sueco). Svenskt biografiskt lexikon (Riksarkivet) - Dicionário Biográfico Sueco (Arquivo Nacional Sueco). Consultado em 24 de janeiro de 2017
  • «Gustavianska tiden 1772–1809» (em sueco). Regeringskansliet genom tiderna. Consultado em 24 de janeiro de 2017
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José Macedo

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