Hebreus monarquia diáspora
Hebreus - Monarquia, Diáspora e Reunificação
O primeiro dos reis hebraicos foi Saul, que após sofrer algumas derrotas militares veio a sofrer forte pressão de alguns oponentes ao seu governo. Não suportando tamanha oposição, o rei Saul cometeu suicídio e deixou o trono vago para que um jovem e destemido guerreiro, chamado Davi, viesse a assumir o trono hebraico. Entre os anos de 966 a.C. e 933 a.C., o rei Salomão, filho de Davi, atingiu o apogeu do governo monárquico com a construção do Templo de Jerusalém.
A política marcada pela construção de grandes templos e palácios acabou fazendo com que o governo de Salomão sofresse forte oposição por conta dos trabalhos forçados e o grande número de impostos exigidos da população. A morte do rei Salomão em 935 a.C., acabou fixando uma verdadeira crise sucessória que findou com a divisão das tribos em dois novos Estados: o primeiro seria o Reino de Israel – formado por dez tribos do norte com capital e Samaria – e o Reino de Judá, compostos pelas tribos de Benjamin e Judá.
A divisão política e territorial acabou expondo os hebreus militarmente, que em pouco tempo foram dominados por outras civilizações. No ano de 721 a.C., os assírios conquistaram o Reino de Israel, o que acabou fazendo com que as dez tribos que o formavam viessem a desaparecer. Séculos mais tarde, o rei babilônico Nabucodonosor foi responsável pelo processo de dominação do Reino de Judá, quando ordenou a transferência destes para a região Mesopotâmica.
O chamado Cativeiro da Babilônia durou quase meio século e só chegou ao fim quando o rei persa Ciro I libertou os judeus. A partir daí, realizaram uma nova peregrinação com direção à cidade de Jerusalém. Nesse período se organizaram em um pequeno Estado subjugado pelos persas. Depois disso, outras civilizações expansionistas realizaram o domínio sobre o povo hebreu. Em 332 a.C., o rei macedônico Alexandre foi responsável por controlar os judeus.
O controle dos macedônicos só chegou ao seu fim quando, no século I a.C., os romanos passaram a conquistar os territórios anteriormente dominados pelo Império Macedônico. A partir de então, os judeus ficaram sobre o controle do Império Romano. Nessa época, as profecias sobre a vinda de um novo salvador (messias) instituíram um movimento de resistência contra as exigências impostas pelas leis romanas. Foi nesse período que Jesus (tido como um profeta abençoado) surgiu na história judaica.
A conflituosa relação entre hebreus e romanos chegou ao seu fim quando os exércitos romanos esmagaram estes levantes e expulsaram os hebreus de Jerusalém, em 70 a.C.. Eles se espalharam ao longo das províncias romanas, marcando um episódio da história hebraica conhecido como Diáspora. A partir desse momento, começaram a viver em pequenas comunidades que preservaram os pontos fundamentais de sua cultura religiosa.
A reorganização do povo judeu em um único Estado só veio a se realizar no século XIX, quando diversos influentes e poderosos membros da comunidade judaica defenderam o movimento sionista. Esse movimento incentivava os judeus a retornarem à região da Palestina, local onde constituíram os principais eventos ligados à tradição cultural, religiosa e política.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o projeto sionista ganhou singular força política. A perseguição e os horrores sofridos pela comunidade judaica durante o Holocausto Nazista deram suporte para que seus líderes exigissem a criação de um novo Estado de Israel na região da Palestina. No ano de 1948, o povo judaico começou a voltar para sua terra de origem, até então ocupada pelos árabes.
A instalação dos judeus na região Palestina incitou uma delicada situação política em relação aos palestinos. Em mais de meio século, diversas lutas entre palestinos e judeus colocavam em questão a legitimidade das ações expansionistas e a legitimidade do Estado judaico. A questão ainda permanece em aberto e, vezes após outra, episódios terroristas de autoria palestina e a repressão militar judaica se enfrentam em prol de diferentes interesses.
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