Nastia Liukin

Anastasia Valeryevna Liukina, em russo: Анастасия Валерьевна Люкина, conhecida internacionalmente por Nastia Liukin (Moscou, 30 de outubro de 1989),[1] é uma ex-ginasta norte-americana nascida na Rússia, que competiu em provas de ginástica artística.

Nastia tornou-se membro da equipe nacional júnior dos Estados Unidos aos doze anos e conquistou seu primeiro título do individual geral nacional aos treze. De 2005 até sua aposentadoria, Liukin permaneceu como membro da elite sênior da equipe norte-americana. É tetracampeã do concurso geral estadunidense, bicampeã mundial na trave, bicampeã por equipes em Jogos Pan-Americanos e por cinco vezes medalhista em uma única edição olímpica. A conquista mais importante de sua carreira foi o individual geral dos Jogos Olímpicos de Pequim. Em 2008, fora eleita a atleta do ano pela Women's Sports Foundation, tornando-se então a segunda ginasta a receber tal distinção, e a melhor ginasta do mundo, eleita, também em 2008, pela Federação Internacional de Ginástica. Em 2009, também foi eleita atleta nacional do ano pela ESPN, no ESPY Awards, e membro da comissão de atletas da FIG no ciclo 2009-2012. Por ter integrado a equipe vencedora do Mundial de Stuttgart, em 2007 e por suas conquistas individuais enquanto atleta, figura no U.S Gymnastics Hall of Fame.[2][3]

Nastia Liukin

Liukina nasceu na Rússia. Porém, aos dois anos de idade, sua família mudou-se para os Estados Unidos, após a extinção da União Soviética. Antes de se radicar no Texas, a família morou por certo tempo em Nova Orleans.[4] Nastia é a única filha de Valeri Liukin e Anna Kotchneva, também ginastas, competidores pela União Soviética. Seu pai fora medalhista de ouro da ginástica artística nas Olimpíadas de 1988, em Seul, Coreia do Sul, e sua mãe fora campeã mundial da ginástica rítmica na edição de 1987, em Varna, Bulgária.[1][4] Liukina é fluente nas línguas russa e inglesa. Na primavera de 2007, a jovem graduou-se pela Spring Creek Academy, localizada em sua cidade, e passou a cursar a faculdade de comércio exterior, na Southern Methodist University, atualmente interrompida.[5]

Desde o começo da carreira é treinada por seu pai, no ginásio de sua família, o World Olympic Gymnastics Academy (WOGA) em Plano, Texas, aberto em 1994 com o amigo dos tempos de competições, Evgeny Marchenko.[6] Quando menina, sem uma babá, os pais de Nastia a levavam para o ginásio e lá, a menina fazia dele um playground, até os quatro anos de idade. Diante do talento herdado da filha, por a verem imitar as ginastas no canto do tablado, decidiram, apesar de cientes das dificuldades e exigências do desporto, atenderem seu pedido e a tornarem uma atleta, após perceberem serem inspiração e motivação para a pequena. Dois anos mais tarde, a menina passou a competir e aos doze, tornou-se uma ginasta da elite júnior do país. Dez anos adiante, fora eleita a melhor atleta feminina dos Estados Unidos, feito este repetido no ano seguido. Em 2007, por conquistar o Mundial de Stuttgart, recebeu também o prêmio de melhor equipe. Em 14 de outubro de 2008, foi eleita a atleta do ano pela Women's Sports Foundation: esta fora a segunda vez que uma ginasta recebeu tal distinção. A primeira foi Mary Lou Retton, 24 anos antes. Nesta edição, Liukina superou a saltadora Yelena Isinbayeva e a nadadora Natalie Coughlin.[7] Dias mais tarde, foi ainda eleita a melhor ginasta do mundo, em votação realizada pela Federação Internacional de Ginástica, no 77º congresso da entidade, realizado em Helsinque, na Finlândia.[8] Em 2009, Liukin conquistou o prêmio de melhor atleta feminina nacional pelo ESPY Awards, no qual superou Serena Williams,[9][10] e nomeou uma competição de ginástica artística, a Nastia Liukin Cup, realizada no início da temporada de 2010.[11] Nesse mesmo ano, após participação no Campeonato Nacional, desistiu de competir o Mundial de Ginástica.[12] No entanto, compareceu ao evento acompanhada do pai, treinador da seleção principal na ocasião, e fora eleita, na Arena O2, pela comunidade de ginástica artística feminina da FIG, membro da comissão de atletas da federação. Em declaração feita após a escolha, a ginasta mostrou-se orgulhosa e preparada para representar com sua experiência e entusiasmo o desenvolvimento da disciplina.[13] No ano seguinte, há quase dezessete meses sem competir, cedeu uma entrevista para a International Gymnast, em um compromisso na cidade de Los Angeles. Na ocasião, declarou não estar distraída do desporto, apesar das aparências, e falou sobre sua relação com a modalidade:[14][15]

“Eu tenho paixão pela ginástica. Eu não a pratico pelo patrocínio ou pelas oportunidades. Faço porque realmente amo fazer. Mesmo que se pense nas oportunidades, existem coisas que se deixa para depois.”

Jovem, a ginasta tem como representar os Estados Unidos umas das melhores coisas que pode aproveitar das competições de que participa. Fora dos ginásios, possui hábitos que julga normais para sua idade, como ler e assistir séries de tv, além do gosto por desfilar e atuar e o desejo de se tornar uma atriz.[16] Para os fãs, escreve com certa regularidade em seu blogue e no Twitter, locais em que também assina com seu pink (em letras rosa).[15] Em 2010, anunciou, após as Olimpíadas de Invernos de Vancouver, o namoro com o patinador medalhista de ouro Evan Lysacek.[17] Encerrada a carreira de ginasta, anunciou que mudaria-se para Nova Iorque para cursar a faculdade de gestão esportiva.[18] Em agosto de 2013, Nastia passou a figurar o U.S Gymnastics Hall of Fame, como membro da equipe que venceu a prova coletiva do Mundial de 2007, realizado em Stuttgart.[2] No ano seguinte, foi inserida individualmente, por suas conquistas mundiais e olímpicas.[3] Sem pensar muito adiante, prefere planos de curto prazo, desfrutando cada momento e cada meta atingida.[19]

Carreira

Nastia sempre teve contato com a ginástica. No entanto, apenas aos quatro anos começou a praticar a modalidade visando as competições. Dois anos mais tarde já representava o ginásio de seu pai em compromissos locais e aos doze, tornou-se uma ginasta da elite júnior.[4] Seus aparelhos de melhor desempenho e resultados foram as barras assimétricas e a trave.

EUA Júnior

Em 2002, Nastia participou de seu primeiro Campeonato Nacional Americano, na categoria júnior, aos doze anos. Seu resultado final foi um 15º lugar, considerado um contraposto às suas companheiras de ginásio - Carly Patterson e Hollie Vise, primeira e segunda colocadas, respectivamente. Ainda em 2002, a jovem competiu no Pan-Americano Júnior, no qual atingiu a primeira posição por equipes e três medalhas de prata: individual geral, barras assimétricas e trave de equilíbrio.[16]

No ano seguinte, agora aos treze de idade, Liukin já era a atleta júnior mais competitiva dos Estados Unidos, vencendo três dos quatro aparelhos em que participou no Campeonato Nacional: solo, trave e paralelas assimétricas, resultados estes repetidos em 2004.[16] Um ano mais jovem que o permitido, não pôde competir como sênior nas Olimpíadas de Atenas em 2004, apesar de seus resultados se equipararem aos da equipe principal. Como seu último compromisso da categoria, disputado aos quinze anos, esteve o Campeonato da Aliança do Pacífico, em Honolulu, no Hawaii. Nele, participou de cinco finais e atingiu a primeira colocação em todas elas. A única exceção foi a prova do salto sobre a mesa.[16]

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This article was written by:

Rogerleks Frasson

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