A pesquisa é a aplicação de um método para obter ou confirmar uma informação ou tese, motivada a partir de suspeitas, indícios, evidências ou conhecimentos existentes. O objetivo é chegar a uma nova informação ou conhecimento.

As pesquisas podem ser científicas, voltadas para a descoberta de novos medicamentos, ou tecnológicas, para a criação de novas tecnologias. Elas também podem ser mercadológicas, visando conhecer condições para o lançamento de novos produtos, fusões ou aquisições empresariais, ou para melhorar serviços oferecidos ao consumidor, fortalecendo assim a competitividade de uma marca.

Há ainda pesquisas de opinião, como as eleitorais, que permitem conhecer cenários políticos e embasar decisões.

A motivação para a pesquisa pode ser individual, empresarial, acadêmica ou científica, com o intuito de desenvolver diversas áreas do conhecimento humano. De maneira geral, a pesquisa segue uma sequência metodológica que consiste em definir um problema, formular uma hipótese, coletar dados, analisar resultados e apresentar um relatório que contenha as respostas às perguntas que motivaram a pesquisa, confirmando ou desmentindo a tese original.

Três Tipos de Pesquisas

Quanto à forma, as pesquisas podem ser classificadas como exploratórias, descritivas ou explicativas.

Pesquisa Exploratória

A pesquisa exploratória estabelece critérios, métodos e técnicas para a obtenção de informações sobre o objeto pesquisado e a geração de novas hipóteses. É o modelo adotado por pesquisas científicas e tecnológicas, levando a grandes descobertas, muitas vezes feitas acidentalmente. Seu objetivo é elucidar e explicar fenômenos, fazendo descobertas e achados.

Esse tipo de pesquisa está fortemente ligado ao desenvolvimento material e econômico da sociedade. Países com maior índice de desenvolvimento humano, científico e tecnológico são aqueles que mais investem em pesquisas exploratórias, um paradigma que se estende ao ambiente corporativo na busca de soluções inovadoras.

Pesquisa Explicativa

A pesquisa explicativa tem como finalidade explicar fatos e sistemas. Está relacionada a pesquisas sociológicas, filosóficas e antropológicas. Consiste na definição de modelos teóricos, agregando hipóteses para proporcionar uma visão mais clara do universo estudado.

Os elementos que respaldam a pesquisa explicativa incluem a síntese, a teorização e a reflexão sobre o objeto de estudo, abordando as causas e variáveis que influenciam determinados fenômenos. Em síntese, ela se concentra em entender o porquê das coisas, cruzando informações, observações e reflexões para oferecer respostas convincentes e bem fundamentadas.

Pesquisa Descritiva

A pesquisa descritiva busca descrever uma realidade, seja para atender a uma necessidade prática ou para comprovar uma tese ou hipótese. Muitas de suas aplicações servem para fundamentar e respaldar decisões.

Esse tipo de pesquisa inclui pesquisas de opinião, eleitorais, de mercado, governamentais e muitas acadêmicas. O marketing, por exemplo, utiliza intensivamente a pesquisa descritiva, cruzando dados mercadológicos existentes para gerar informações estratégicas que embasam decisões.

A pesquisa descritiva se apoia em documentos, levantamentos e abordagens de campo. Ao contrário da pesquisa exploratória e explicativa, a ação intelectual do autor se limita a identificar relações entre um conjunto de variáveis e informações dos levantamentos e relatórios apresentados.

Um exemplo de pesquisa descritiva é o levantamento feito pelo IBGE, que serve de base para a implementação de políticas públicas. A ação intelectual se dá na utilização dos dados obtidos, não na obtenção deles, seguindo o princípio da espontaneidade. O objeto pesquisado oferece as respostas, desde que a metodologia aplicada seja correta.

A pesquisa descritiva confronta hipóteses e correlaciona variáveis para obter e analisar respostas. O princípio do amplo grau de generalização é respeitado, assim como o da naturalidade, que implica estudar os fatos em seu habitat natural.

Ela segue uma linha de ação que consiste em observar, interrogar, coletar, analisar, registrar e interpretar, sem interferir no objeto estudado. Portanto, a pesquisa descritiva tem como finalidade identificar, registrar e analisar variáveis e como elas se comportam ao longo do tempo e do espaço.

Outro aspecto importante é que a pesquisa descritiva aborda sistemas em constante mudança. Por exemplo, uma pesquisa do IBGE de vinte anos atrás pode descrever a realidade daquele período, mas não a atual. Uma pesquisa eleitoral reflete uma realidade que pode mudar rapidamente, por isso esse modelo deve ser aplicado continuamente para acompanhar as variações do fenômeno pesquisado, com a frequência determinada por cada caso.

Em resumo, o resultado de uma pesquisa descritiva não é definitivo, pois o fenômeno estudado está sujeito a influências de várias outras variáveis. Levantamentos mercadológicos exigem, além da análise da realidade presente, um esforço para estabelecer cenários, o que não dispensa a realização periódica de novos estudos.