Salonica
Salonica, também conhecida como Tessalónica (português europeu) ou Tessalônica (português brasileiro) (em grego: Θεσσαλονίκη; romaniz.: Thessaloníki; "vitória sobre os tessálios") é a segunda cidade da Grécia e a principal da região grega da Macedônia. Em 2011, a população da área metropolitana era de 1.104.460, dos quais 788.952 na cidade propriamente dita e 325.182 no município.
O nome Salonica, antigamente mais comum e usado em vários idiomas europeus, deriva da variante Σαλονίκη (Saloníki) em grego popular. Outras denominações historicamente importantes incluem سلانيك, em turco otomano, Selânik, em turco moderno; Солун (Solun), nas línguas eslavas da região; Sãrunã em arromeno; Selanik em ladino.
O orago santo padroeiro da cidade é São Demétrio de Salônica e o seu santuário, a Igreja de São Demétrio (Hagios Demetrios), está classificado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO.
História
A cidade foi construída por determinação de Cassandro, em 315 a.C., que lhe deu o nome da sua esposa, Tessalônica, meia-irmã de Alexandre Magno. Esta fora assim chamada por seu pai, Filipe II da Macedônia, por ter nascido no mesmo dia da vitória (νίκη, níkē, em grego antigo) dos macedônios sobre os tessálios.
Foi a capital de um dos quatro distritos romanos da Macedônia, governada pelo pretor Fabiano, a partir de 146 a.C. Em 388, a cidade foi palco do Massacre de Salonica, quando, por ordem do imperador Teodósio (r. 378–395), 7.000 pessoas foram chacinadas por se revoltarem contra o general Buterico e outras autoridades romanas.
O cristianismo na cidade
Na sua segunda viagem missionária, São Paulo pregou na sua sinagoga, lançando as bases de uma das mais marcantes igrejas da época, e destinou-lhe duas das suas epístolas. A animosidade contra Paulo, por parte dos judeus da cidade, levou-o a fugir para Bereia. Posteriormente, escreveu a Primeira Epístola aos Tessalonicenses e a Segunda Epístola aos Tessalonicenses.
Domínio bizantino e veneziano
Desde que foi subtraída à Macedônia, Salônica fez parte do Império Romano e do Império Bizantino, até que Constantinopla foi conquistada na Quarta Cruzada, em 1204. A cidade tornou-se capital do Reino de Salônica, fundado pelos cruzados, até ser capturada pelo Despotado do Epiro, em 1224. É reconquistada pelo Império Bizantino em 1246, mas, sem capacidade para fazer frente às invasões do Império Otomano, o déspota bizantino Andrónico Paleólogo é forçado a vendê-la a Veneza, que a permaneceu até 1430.
Domínio otomano
Sob domínio do Império Otomano até 1912, a cidade distinguia-se pela sua população maioritariamente judaica de origem sefardita, em consequência da expulsão da Espanha depois de 1492 (havia também alguns restaurantes romaniotas). A língua mais usada na cidade era o ladino (língua derivada do castelhano) e o dia de descanso oficial da cidade era o sábado.

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