Sucessão ecológica

Digamos que em uma determinada região exista um ecossistema, onde encontramos muitos tipos de plantas que, por sua vez, atraem vários animais. Esta região, por algum motivo, se incendiou, sobrando poucas espécies daquele ecossistema. Alguns anos depois, nesta mesma região, notamos que as plantas que ali vivem agora não são mais as mesmas de antigamente e, consequentemente, a fauna também se modificou. Quando isso acontece, damos o nome de sucessão ecológica, que é justamente quando um ecossistema, após certo período, dá lugar a outra comunidade, outro ecossistema, seja por fatores naturais ou por interferência do homem.

Outras formas de ocorrer

A sucessão ecológica também pode ocorrer a partir de uma região onde não exista vegetação. Por exemplo, em uma rocha. Essa rocha, ao passar do tempo, será colonizada por alguma espécie vegetal, que avançará nesse território ainda não habitado por vegetação alguma, criando naquele local um novo ecossistema. A essa ação, damos o nome de sucessão ecológica primária. Esse ecossistema existente na rocha, com o tempo, se modificará várias vezes, cedendo espaço para novos ecossistemas até que um, por sua vez, consiga alcançar um equilíbrio, ou seja, domine aquela região sem ceder a tantas mudanças. Quando isso ocorre, esse ecossistema é chamado de ecossistema clímax.

No primeiro exemplo já citado acima (do incêndio), onde um ecossistema ocupa um espaço que antes vivia um outro ecossistema, damos o nome de sucessão ecológica secundária.

O clímax

Todo ecossistema nasce e se desenvolve em busca do clímax. Estudiosos afirmam que para um ecossistema chegar ao clímax leva em torno de 70 anos. Durante esse tempo, o ecossistema passa por alguns estágios, e as comunidades vão sofrendo mudanças até alcançar um grau de complexidade muito alto.

As comunidades

A primeira comunidade desses estágios é a comunidade pioneira (também chamada de ecese), que é a primeira vegetação a se instalar no ambiente. Como não dependem de algum outro ecossistema, elas conseguem explorar essas regiões não habitadas, tendo como função preparar aquela área para as outras comunidades. Entre este tipo de vegetação, temos os líquens, musgos e gramíneas.

A próxima comunidade a se instalar é chamada de comunidade intermediária (ou sere), composta por arbustos e pequenas árvores, vegetação de pequeno porte. Já existe a presença de animais invertebrados e pequenos mamíferos. Por fim, a última comunidade é chamada de clímax, o estágio final de evolução de um ecossistema. Nesta etapa, é importante destacar algumas características: há um aumento significativo na biodiversidade, aumento da biomassa, cadeias alimentares complexas, indivíduos tendendo a ser maiores e crescimento mais lento, entre outras.

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This article was written by:

Carla Fernanda Bernardes

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