Tapirus terrestris
A anta-brasileira ou simplesmente anta (nome científico: Tapirus terrestris), também conhecida por tapir, é um mamífero perissodáctilo da família Tapiridae e gênero Tapirus. Ocorre desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, em áreas abertas ou florestas próximas a cursos d'água, com abundância de palmeiras.
É o maior mamífero terrestre do Brasil e o segundo da América do Sul , tendo até 300 kg de peso e 242 cm de comprimento. Se diferencia das outras espécies do gênero Tapirus por possuir uma crista sagital proeminente e uma crina . Apresenta uma probóscida , que é usada para coletar alimento. É o último animal da megafauna na Amazônia e possui uma dieta frugívora , e tem um papel importante na dispersão de sementes , principalmente de palmeiras. Seus predadores são grandes felinos como a onça-pintada ( Panthera onca ) e a onça-parda ( Puma concolor ). É um animal solitário e vive em territórios de 5 km² de área, em média. A anta tem reprodução lenta, com uma gestação que pode durar mais de 400 dias e parem apenas um filhote por vez, que pesa entre 3,2 e 5,8 kg. Podem viver até 35 anos de idade.
A anta é listada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais , mas seu estado de conservação varia ao longo de sua distribuição geográfica sendo crítica na Argentina, nos llanos da Colômbia e regiões da Mata Atlântica brasileira. Desapareceu no limite sul de sua distribuição geográfica, da Caatinga e das regiões próximas aos Andes . É ameaçada principalmente pela caça predatória (por ter um ciclo reprodutivo muito lento) e conversão de seu habitat em campos cultivados. Apesar disso, ainda ocorre em muitas unidades de conservação e em zoológicos.
Nomes populares e etimologia
A anta also E conhecida POR anta-comum , anta-gameleira , anta-sapateira , antaxuré , batuvira , pororoca , tapiira , Tapira e tapiretê . [4] [5] [6] Anta deriva do termo árabe lamTa , que é usado para designar o alce em espanhol . [4] [3] Tapiira , tapir e tapira derivam do termo tupi tapi'ira, e signica, literalmente, "boi da floresta".[4][3] Tapiretê deriva do tupi tapire'tê, "tapir verdadeiro".[4]
Taxonomia e evolução
A anta-brasileira pertence à ordem Perissodactyla, família Tapiridae e gênero Tapirus, e foi descrita por Carl Linnaeus em 1758.[3] Linnaeus considerou a espécie no gênero Hippopotamus.[1]
São reconhecidas quatro subespécies:[3]
- T. t. aenigmaticus - ocorre no sudeste da Colômbia, leste do Equador e nordeste do Peru.
- T. t. colombianus - ocorre no norte da Colômbia.
- T. t. spegazzinii - ocorre no sul do Brasil, Mato Grosso , leste da Bolívia , Paraguai e norte da Argentina .
- T. t. terrestris - ocorre no Suriname , Guiana Francesa , Brasil, Venezuela e na província de Misiones , na Argentina.
Estudos filogenéticos , usando sequências do gene da enzima mitocrondial citocromo c oxidase II , demonstraram que a anta ( Tapirus terrestris ) é mais aparentada à outra espécie sul-americana, Tapirus pinchaque . [7] Essas duas espécies têm um ancestral comum, que chegou na América do Sul pelo istmo do Panamá , há cerca de 3 milhões de anos. [7] Um estudo mais recente, que inclui ensaios um táxon basal ao clado T. pinchaque e T. terrestris (uma espécie Tapirus kabomani ), baseando-se em sequências da enzima citocromo b , considera que T. terrestris seja parafilético . [8] As populações de T. terrestris que ocorrem no Equador são mais intimamente relacionadas a T. pinchaque e abrem discussão da variabilidade dentro de T. terrestris . [8]
O registro fóssil mostra que o gênero Tapirus surgiu na América do Sul entre 2,5 a 1,5 milhão de anos atrás, na Argentina. [3] Os mais antigos fósseis da anta datam do Pleistoceno e foram encontrados na região do rio Juruá , no Acre , Jacupiranga e Jaupaci . [3]
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