Teoria do Big Crunch
Na escola ou na universidade, você já deve ter ouvido falar sobre o Big Bang. Também chamada de a Grande Expansão, essa é a teoria cosmológica mais aceita sobre o desenvolvimento inicial do universo. Essa ideologia sugere que o universo tenha sido criado a partir de um estado quente e denso, mas que, com o tempo, foi se resfriando e expandindo, como consequência. Esse processo de transformação teria ocorrido por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás.
Na contramão dessa ideia, surgiu a teoria do Big Crunch, a qual sugere o efeito contrário provocado pela explicação do Big Bang. Em outras palavras, para os pesquisadores que a propuseram, o universo estaria em processo de redução de tamanho e que, com o passar dos anos, entraria em colapso devido ao estado quente e denso que ele alcançaria. Apesar de já ter sido descartada, é importante compreender como essa teoria era vista e por quais motivos foi proposta.
Big Crunch: História e Características
Em português, Big Crunch significa grande colapso e, como o próprio nome já sugere, a teoria explica que o universo irá, em um futuro, se contrair devido à atração gravitacional. Isso resultará no fim do universo. Levando em consideração essa ideologia, com o passar do tempo, as galáxias iriam diminuir os espaços entre si, até o ponto de deixarem de existir.
Para o físico Richard Tolman, responsável pela teoria do Big Crunch, o universo é cíclico e passa por transformações repetidas de tempos em tempos. De acordo com o estudioso, depois da grande expansão há o grande colapso, e depois voltam os mesmos processos que duram anos. Contudo, a decadência é inevitável.
Críticas à Teoria do Big Crunch
De acordo com as observações das supernovas (corpos celestes surgidos após explosões de estrelas), o espaçamento entre elas é extremamente distante. Isso significa que a aceleração da expansão do universo ocorre de forma positiva, indicando que a velocidade de distanciamento entre uma e outra está aumentando.
Todas essas evidências resultaram na rejeição da ideia de grande colapso, em 1998. Para os cosmólogos, a densidade do universo é baixa, o que facilita o aumento de sua expansão e não o contrário. Além disso, eles acreditam que essa realidade não deve ser revertida e que a expansão é infinita, não sendo possível prever o seu final.
A teoria de que o universo continua em expansão ainda não está totalmente fundamentada. Estudos estão sendo feitos com base na aceleração cósmica, o que envolve energia escura e matéria escura, termos considerados misteriosos até então.

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