economia da era vitoriana
Nesta época, a indústria da Grã-Bretanha continuou a ser predominantemente têxtil e, juntamente com a indústria do vestuário empregava quase 40% da mão-de-obra industrial em 1880. A mecanização aconteceu de forma distinta nos setores: alguns, como o do algodão, adotaram-na mais rapidamente, enquanto outros, como o da lã, com um maior atraso. A indústria siderúrgica cresceu de forma bastante rápida, mas perdeu força ao longo da época. O nível de exportações britânicas foi maior na segunda fase da Revolução Industrial, entre 1840 e 1860.
No período vitoriano, uma das mais importantes medidas econômicas adotadas foi a revogação dos Atos de Navegação, que foram instituídos por Oliver Cromwell no século XVII. Tal fato deu-se em razão do crescimento naval de outras nações o que estava afetando o comércio e a economia inglesa. O não envolvimento em questões de guerra na Europa também contribuiu para o efetivo desenvolvimento económico que já era acelerado. A participação mundo afora nos transportes públicos, com as companhias de capital, e produtos industrializados terminaram por consolidar o apogeu económico do período.
A revolução ao nível dos transportes, com a introdução do comboio e do barco a vapor, fez com que fossem necessárias maiores quantidades de materiais pesados como o ferro e o aço e ainda o carvão, o que fez com que estes mercados se expandissem. Entre 1850 e 1873, o Reino Unido produziu dois terços do carvão a nível mundial, metade do algodão e quase metade dos produtos metálicos.
Em 1850, a Grã-Bretanha tinha pouco mais de 200 000 trabalhadores em 3 000 minas. Este número aumentou e atingiu o meio milhão de pessoas ainda antes do final do século. O elevado número de mineiros em certos distritos tornava este grupo decisivo em alturas de eleições e muitos, motivados pela falta de condições de segurança no trabalho e aos baixos ordenados, acabaram por aderir a sindicatos de ideologia socialista.
Em meados do século XIX, metade das empresas era de pequena dimensão. No Lancashire, em 1841, apenas 0,5% das empresas tinha mais de 500 trabalhadores e 50% das empresas não chegavam aos 100 trabalhadores. Em 1871, mais de 23 000 fábricas tinham em média 86 trabalhadores.
Os caminhos-de-ferro conheceram um grande crescimento na época. Desde a inauguração da primeira ferrovia, que ligava Liverpool e Manchester em 1830 até 1875, construíram-se mais de 70% das linhas ferroviárias. Em 1850, 19 companhias ferroviárias tinham um capital superior a 3 milhões de libras, sendo que na época poucas empresas ultrapassavam as 500 000 libras.
Também foi durante a era vitoriana que se construíram e desenvolveram as primeiras linhas do metro de Londres.

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