Comunicação Centrada na Relação - Da Superação
Cuidado Centrado na Relação
A palavra stress faz parte do dia a dia de quem cuida e é cuidado. Nada há de mal com o stress quando este é vivido de forma pontual e nos faz buscar em nós os recursos para o superar, ou até para nos superarmos.
O Stress e as Respostas Fisiológicas
Inversamente, se vivido de forma continuada e sem o acompanhamento da implementação de estratégias positivas para a sua gestão, podemos dizer que “o caldo está entornado!”
Sabemos todos das respostas clássicas ao stress: tendemos a paralisar, lutar ou fugir. A nossa fisiologia prepara o corpo para uma ação física, como se ainda estivéssemos a viver na selva e, a todo momento, pudéssemos nos deparar com um mamute.
Mas não… os nossos mamutes são outros, nos ambientes de cuidado. Exigem de nós a competência física derivada do stress. Deixamos de escutar, por vezes não cooperamos como deveríamos e deixamos de raciocinar eficazmente, pois ficamos focados no problema e não na sua resolução.
A Busca de Apoio: Superando o Stress
O que é interessante é que o stress também impulsiona em nós um comportamento diferente, avesso à fuga, luta e paralisação: o da busca de apoio. Basta estarmos atentos aos nossos sinais e aos sinais dos outros, e contribuir para que o lado mais sombrio do stress seja sombreado pelo lado mais solarengo.
O Papel do Diálogo nas Relações de Cuidado
O diálogo que se concretiza nas diversas relações de cuidado é fundamental para ativar o flanco solarengo do stress. Em vez de perguntarmos “o que se está a passar consigo?”, podemos perguntar “o que a/o está a preocupar?”.
Com perguntas simples, às quais acolhemos as respostas, conseguimos agarrar a busca de apoio do outro, por vezes camuflada, e formamos uma rede que, para ser grande, um dia foi pequenina… mas foi uma rede!

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