Comunicação Centrada na Relação - Da superação
Cuidado Centrado na Relação
A palavra stress faz parte do dia-a-dia de quem cuida e é cuidado. Nada há de mal com o stress quando este é vivido de forma pontual e faz buscar em nós, os recursos para o superar, ou para nos superarmos.
Inversamente, se vivido de forma continuada e sem o acompanhamento da implementação de estratégias positivas para a sua gestão…podemos dizer que “o caldo está entornado!”
Sabemos todos das respostas clássicas ao stress. Tendemos a paralisar, lutar ou fugir, ou seja, a nossa fisiologia prepara o corpo para uma ação física como se ainda estivéssemos a viver na selva e a todo o momento, pudéssemos dar de caras com um mamute.
Mas não…os nossos mamutes são outros, nos ambientes de cuidado. Exigem de nós a cabeça que o stress deriva para a competência física. Deixamos de escutar, por vezes não cooperamos como devíamos, deixamos de raciocinar eficazmente porque ficamos focados no problema e não, na sua resolução…
O que é interessante também, é que o stress impele em nós, um outro comportamento, avesso ao da fuga, luta e paralisação…o da busca de apoio. Basta estarmos atentos aos nossos sinais e ao dos outros e contribuir para que o lado mais sombrio do stress fique sombreado pelo lado mais solarengo.
O diálogo que se concretiza nas diversas relações de cuidado são fundamentais para ativar o flanco solarengo do stress, não perguntando “o que se está a passar consigo?”, mas perguntando “o que a/o está a preocupar?”.
Com perguntas simples, às quais acolhemos as suas respostas, agarramos a busca de apoio do outro, por vezes camuflada e formamos uma rede que para ser grande, um dia, foi pequenina…mas foi uma rede!
novembro 2020
Read. 1995 Time.