Raimundo Berengário IV de Barcelona

Raimundo Berengário IV (em catalão: Ramon Berenguer IV; Barcelona, 1113 — San Dalmazio de Turim, 6 de Agosto de 1162) foi conde de Barcelona, da Cerdanha, de Besalú, de Girona e de Osona, Conde de Ribagorça (1137 - 1162), e Príncipe Regente de Aragão. O seu casamento com Petronila de Aragão efetivou a união dinástica entre o Reino de Aragão e o Condado de Barcelona.

Era o filho mais velho do conde Raimundo Berengário III e de Dulce I da Provença. Herdou o Condado de Barcelona à morte do pai, em 1131, enquanto o irmão o Condado de Provença. Durante os seus primeiros anos de governo promove a estabilidade territorial do Condado, que era ameaçada pelos avanços do Reino de Aragão em Lérida e em Tortosa, os quais foram interrompidos pela morte do rei Afonso I, em 1134.

Após estabelecer seu noivado com a herdeira de Aragão, Raimundo negociou acordos com as ordens militares da Terra Santa às quais Afonso I legara seu reino. As Ordens do Hospital e do Santo Sepulcro em Setembro de 1140. A 27 de novembro de 1143, com o apoio do Papa, foi a vez dos templários, os quais receberam em compensação: cinco castelos aragoneses, um décimo da receita real mais cem soldos ao ano daqueles de Saragoça, um quinto de todas as terras conquistadas dos mouros e isenção de pedágios.

Raimundo foi bem sucedido ao retirar Aragão de sua submissão a Castela com sucesso, indubitavelmente, auxiliado por sua irmã Berengária de Barcelona, casada com Afonso VII de Castela. Depois, voltou sua atenção para campanhas contra os mouros. Em 1147, ajudou Castela a conquistar Almeria. No ano seguinte, voltou-se contra as terras das taifas almorávidas de Valência e de Múrcia, capturando Tortosa e, em 1149, Fraga, Lleida e Mequinenza na confluência dos rios Segre, Cinca e Ebro. A reconquista da atual Catalunha estava completa.

Também agiu na Provença, ajudando seu irmão Berengário Raimundo da Provença e seu sobrinho, Raimundo Berengário II da Provença, contra os condes de Toulouse. Ele também atuou como regente durante a minoridade de seu sobrinho, entre 1144 e 1157.

Em 1151, assinou o Tratado de Tudilén com seu cunhado Afonso VII de Leão. O tratado definia as áreas de conquista em Andaluzia para prevenir qualquer conflito entre os dois. No mesmo ano, desposou Petronila, então com quinze anos de idade, rainha de Aragão desde a morte de seu pai, em 1147. Também fundou e doou o mosteiro de Poblet.

Em 1154, aceitou a regência do Viscondado de Béarn em nome do jovem Gastão V em troca da vassalagem dos nobres de Béarn, unindo assim o pequeno principado ao crescente império aragonês.

Raimundo morreu em San Dalmazi, Piemonte, Itália, deixando o Condado de Barcelona para seu filho mais velho, Raimundo, que nem tinha cinco anos de idade ainda. Dois anos depois, Raimundo se tornou rei de Aragão após a abdicação de Petronila e, em honra dos aragoneses, mudou seu nome para Afonso II. Afonso teve vários guardiões, honoríficos e reais, e parece ter tido sua maioridade reconhecida em 1173. Seus restos mortais foram sepultados no mosteiro de Santa Maria de Ripoll.

Raimundo Berengário IV de Barcelona
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José Macedo

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