Texto Informativo

Um texto informativo é aquele no qual o autor apresenta, geralmente de forma breve, um tópico, fato ou cenário ao leitor. A sua principal intenção é transmitir com o máximo de clareza as informações disponíveis sobre o assunto abordado, evitando qualquer interpretação dúbia das frases.

Sendo assim, o conceito refere-se a um estilo textual objetivo que emprega linguagem simples e direta. Na maioria dos casos, essa produção é feita em prosa para facilitar a compreensão do público.

Em contraste aos textos poéticos e literários, que empregam linguagem conotativa, o gênero informativo usa linguagem denotativa. Além de fornecer referências e dados para corroborar as afirmações, no texto informativo não existe interferência da subjetividade.

Portanto, o escritor não expressa sentimentos, sensações ou opiniões pessoais sobre o tema. Já para o leitor, a expectativa é de aprender algo com o material que tem em mãos.

Estrutura do texto informativo

Semelhante a outros formatos textuais, o texto informativo é composto pelas seguintes partes:

  • Introdução (tese): compreende o período de exposição das informações essenciais para que o emissor anuncie a questão a ser explorada nas próximas etapas.
  • Desenvolvimento (antítese): é um momento fundamental para o texto, pois possui todos os dados pertinentes que foram levantados pelo autor sobre o conteúdo.
  • Conclusão (tese nova): a conclusão serve para encerrar o artigo e normalmente retoma a ideia central.

Em suma, a meta é entender ou comunicar os pontos principais de um assunto, sem prover um maior aprofundamento.

Características desse gênero textual

Quem produz um texto informativo preocupa-se primeiramente em relatar as informações pesquisadas da maneira mais verossímil e objetiva possível. Por isso, evita-se a utilização de recursos que exprimam apreciações, como é o caso dos adjetivos.

No caso de notícias, por exemplo, o transmissor tem a função de passar a informação para o receptor de modo alheio à sua subjetividade. Não se aconselha o uso de metáforas e demais figuras de linguagem nesse meio, pois o entendimento do tópico fica dificultado. O ideal é redigir frases curtas e diretas, mantendo as ideias ordenadas.

A escolha pela prosa também concede uma maior credibilidade ao tratamento dos temas relatados.

É recorrente a utilização de indicadores de leitura para facilitar o entendimento e complementar a redação. Em especial para os jornais, a escolha de imagens, fotos, título e tipografia tornam-se imprescindíveis para que o texto alcance a sua finalidade.

Como consequência, o escritor garante que a audiência consiga:

  • Identificar o tema da informação
  • Saber qual é a ideia principal do texto
  • Conhecer os aspectos mais relevantes sobre o assunto

Exemplos de textos informativos

Os exemplos mais notórios de textos informativos são encontrados na mídia tradicional, como jornais, entrevistas e matérias de revistas. Na organização de um texto jornalístico, é imprescindível que a noção geral do fato esteja logo no primeiro parágrafo.

Esse trecho é chamado de lead e tende a responder as perguntas: “O quê?”, “Quem?”, “Com quem?”, “Quando?”, “Onde?” e “Por que?”.

No entanto, verbetes em dicionários, artigos de enciclopédias e livros didáticos também se encaixam nessa categoria.

  • Reportagens em jornais e revistas
  • Folhetos de divulgação
  • Notícias
  • Algumas propagandas e anúncios
  • Convites
  • Avisos públicos
  • Cartas pessoais e comerciais
  • Entrevistas

Com base na lista acima, fica viável a divisão do texto informativo em dois grupos:

  • Textos informativos técnicos: encontrados em lugares distintos e em inúmeros formatos, com funções diversas. Em hospitais, para citar uma versão, eles são empregados para oferecer informações sobre doenças, epidemias e cuidados preventivos. Ainda no ramo da saúde, as bulas também se enquadram no critério. No ramo comercial, os textos informativos aparecem em manuais de instruções, tutorias etc.
  • Textos informativos jornalísticos: são as notícias, que pretendem explicar um evento ou cenário ao receptor de um jeito simples. A partir dos relatos sobre acontecimentos diários e noticiosos, o indivíduo dispõe de ferramentas para formar uma opinião própria.

Determinados artigos técnicos e científicos podem ser categorizados como textos informativos, porém costumam ser identificados mais como textos expositivos-argumentativos.

Por isso, é justo afirmar que a classificação dos textos não é sempre clara ou rígida. Para ilustrar: enquanto algumas cartas seguem uma técnica literária, a maioria delas busca informar sobre certa situação e então se encaixa no estilo informativo.

Mesmo jornais e revistas, cujo propósito central é informar, abrem espaço para textos de opinião e crônica.

Diferenças entre textos informativos e textos expositivos

Com frequência, não há distinção significativa entre um texto expositivo e um texto informativo. Isso acontece porque a informação é a ferramenta linguística de ambos os tipos.

À informação ainda se acrescentam elementos como descrição, definição, enumeração, conceituação, comparação, entre outros.

Apesar das mencionadas similaridades, de acordo com a intenção do autor, os textos expositivos ganham caráter de texto expositivo-argumentativo ou de texto expositivo-informativo.

No primeiro grupo há espaço para a defesa de um certo ponto de vista, desde que embasado por uma boa justificativa.

Por fim, é válido apontar que o gênero de textos informativos pode ser combinado a outros tipos de produção textual, especialmente: expositivos, narrativos e descritivos.

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This article was written by:

Carla Fernanda Bernardes

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