Frederica Guilhermina Doroteia (Karlsruhe, 12 de março de 1781 – Lausana, 25 de setembro de 1826) foi a esposa do rei Gustavo IV Adolfo e rainha consorte da Suécia de 1797 até 1809. Era filha de Carlos Luís, Príncipe Herdeiro de Baden, e de sua esposa Amália de Hesse-Darmstadt.

Biografia

Frederica nasceu em Karlsruhe. No dia 31 de outubro de 1797, casou-se em Estocolmo com o rei Gustavo IV Adolfo da Suécia, tornando-se rainha. Foi o próprio marido que fez os planos de casamento, uma vez que Frederica era irmã da Imperatriz russa, o que tornaria uma aliança com a Rússia possível, mesmo depois de ele ter se recusado a casar com a Grã-duquesa Alexandra Pavlovna. Além disso, Gustavo queria uma consorte bonita. Em 1795, ele já havia recusado um casamento com a Princesa Luísa Carlota de Mecklenburgo-Schwerin, devido a rumores sobre sua aparência.

Frederica recebeu uma educação básica de uma governanta franco-suíça. Foi tratada com bondade pela sua sogra, a Princesa Sofia Madalena da Dinamarca, que se lembrava bem de como havia sido tratada pela própria sogra. Frederica era considerada severa, tímida, hostil e bonita. Nos primeiros anos, teve dificuldade para se adaptar à rígida etiqueta da corte e frequentemente se refugiava em jogos infantis com suas damas de companhia.

O casamento é frequentemente visto como tendo sido feliz, mas o rei se interessava muito mais por sexo do que a rainha. Muitas vezes, Gustavo chegava horas atrasado aos seus compromissos após “entrar nos aposentos da rainha” de manhã, a ponto de membros do parlamento terem que interromper e pedir-lhe que “poupasse a saúde da rainha”. Ela se queixava da exaustão que essas atividades lhe causavam. No entanto, na presença de outras pessoas, o rei comportava-se formalmente com ela. Frederica chocava-se com a liberdade sexual da corte sueca e escreveu à família que “toda a gente tinha um amante”, também expressando preocupações sobre a possível bissexualidade da Duquesa Edviges de Holsácia-Gottorp, que supostamente tinha amantes masculinos e femininos, e que ela era provavelmente a única mulher na corte que não tinha três ou quatro amantes. O marido queria preservar a ignorância sexual da rainha. Quando uma trupe de teatro francesa apresentou uma peça frívola na Ópera, o rei chegou a fechar oficialmente a Ópera Real Sueca em 1806, alegando que o reino não conseguia suportar seus custos, e a ópera permaneceu fechada até 1809.